Sobre o tema
DISSERTAÇÕES
EIXÃO DO LAZER DE BRASÍLIA, O EIXO RODOVIÁRIO RESIDENCIAL E SEU USO COMO ESPAÇO PÚBLICO
Dissertação de Pós Graduação
Vanessa Schnabel Fragoso Chini, 2019.
” O estudo explora os usos recreativos, esportivos, de lazer e cultura que ocorrem no Eixão, nome popular da via central do Eixo Residencial-Rodoviário de Brasília. Trata-se do eixo Norte-Sul do Plano Piloto que agrega as escalas urbanísticas, inscritas como patrimônio histórico. A rodovia estrutura o desenho urbano, tem função de arcabouço viário – articulando-o de uma ponta a outra. Projetada para trânsito contínuo, desprovida de semáforos, possui 13,8Km de extensão e percurso dissociado do pedestre.”
A INVISIBILIDADE DO PEDESTRE NO PLANO PILOTO DE BRASÍLIA: Críticas e novas diretrizes ao desenho das passagens subterrâneas de pedestres na perspectiva da mulher no ‘espaço público’
Dissertação de Mestrado
Maria Eduarda Neumann, 2019.
A autora, Maria Eduarda Neumann, estuda a compreensão da ocupação do pedestre no Plano Piloto de Brasília (PPB), “cidade tida como a melhor representação do urbanismo modernista racionalista e, consequentemente, aquela que inviabilizou o percurso pedonal.”
“nosso estudo se dá pelo cruzamento dos nexos controle formal e o controle social que o nosso objeto emancipa, desmistificando questões ideais e imagéticas na busca de uma correlação perante a construção física do espaço urbano e as relações sociais. Assim, utilizamos o corpo da mulher no “espaço público” como “chave de análise”, dado que é à partir do viés de quem caminha, que melhor conseguimos requalificar um espaço citadino.”
AS PASSAGENS SUBTERRÂNEAS DE PEDESTRE EM BRASÍLIA: ILUMINAÇÃO E PERCEPÇÃO
Dissertação de Pós Graduação
Audrey Luz Nassif Arnhold, 2018.
“A partir de uma revisão teórica sobre os corredores na arquitetura e sua relação com a luz, foi realizado um estudo de caso nas passagens subterrâneas de Brasília, por se tratarem de elementos fundamentais na concepção urbanística do Plano Piloto, mas, que se encontram em crítica situação de ocupação. Com iluminação deficiente, elas são alvo de criminalidade e, em consequência, evitadas pela população. (...)Resultados preliminares demonstraram uma percepção muito negativa dos usuários em relação às passagens no subsolo.”
CAMINHANDO SOBRE TESOURAS
Estudo Fotográfico
Denir Mendes Miranda, 2011.
"Caminhando sobre tesouras foi um estudo fotográfico desenvolvido por Denir Mendes Miranda em 2011 sobre o deslocamento de pedestres no Plano Piloto, ao longo dos eixos W e L. A autora se utiliza de um sistema gráfico de representação sob imagens de satélite, aliado à fotografias, para demonstrar como a concepção urbanística da cidade favorece os carros em detrimento dos pedestres, aos quais resta a opção de arriscar-se ou percorrer distâncias muito maiores."
PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
DE L A W: REQUALIFICAÇÃO DO EIXO RODOVIÁRIO DE BRASÍLIA POR AMANDA SICCA
Trabalho final de graduação - 2018




"Hoje, para atravessar o eixão o pedestre possui duas opções. A primeira, pelas passagens subterrâneas, que, devido à configuração do seu desenho apresentam uma grande ameaça a segurança dos pedestres além de serem espaços insalubres e inseguros. Infelizmente, essa provou-se não ser uma boa solução ao problema. A segunda opção, a travessia em nível, que talvez seja a mais perigosa, mas muitas vezes escolhida em vista à falta de coragem em atravessar pelas passagens. No eixão, em 2015, ocorreram 69 acidentes, sendo 15 deles atropelamentos.
Tendo em vista que Brasília, projetada sob a lógica rodoviarista, favorece apenas um meio de transporte, o carro. E, consequentemente, beneficia apenas quem tem meios de possuí-lo, ou acessá-lo. Este trabalho busca questionar se ainda, dentro de um cenário de crescente sensibilização em relação à temática da mobilidade peatonal, Brasília precisará continuar sendo uma cidade desigual no sentido que não fornece a todos a possibilidade de se locomoverem no espaço de forma segura e confortável.
De L a W, busca solucionar este problema imposto pelo eixão por meio da travessia em nível do pedestre. O projeto cria trajetos mais curtos, acessíveis e conectados, priorizando a rota do pedestre e do ciclista. Valoriza a escala humana, tornando o percurso mais agradável a partir da criação de calçadas mais largas e espaços de permanência. E o mais importante, o pedestre passa transitar na superfície, de forma segura e igualitária."
URBAN CHALLENGES - CASO BRASÍLIA
Pesquisa - 2019
O projeto tem como principal foco o transporte público acessível e seguro, no caso Brasília, apresentaram um relatório que explicita o contexto da cidade, problemas, conquistas, desafios, a metodologia utilizada e proposições para o futuro, que envolvem obras de larga escala em uma estratégia de curto prazo para aumentar a circulação local, promovendo assim, mais segurança. Além disso, "Case Owners consideram, ainda, a criação de uma rota temática para engajar estudantes e turistas a caminharem a pé pelo percurso, desfrutando das possibilidades oferecidas ao longo do caminho, as quais seriam previamente mapeadas e divulgadas."
PEDESTRE PEDE PASSAGEM: RESULTADOS E ENCAMINHAMENTOS
Campanha pela revitalização das passagens
Brasília para pessoas e apoiadores, 2019.
"Graças à pressão por meio da página da campanha, das redes sociais e das reportagens veiculadas, recebemos ofícios do governo (Novacap e Administração Regional do Plano Piloto) para informar sobre as passagens subterrâneas do Eixão. Além de obter resposta formal do GDF, também conseguimos conversar com a Administradora Regional, Ilka Teodoro. Ela se mostrou sensível ao problema, mas relatou dificuldade orçamentária. Existe a possibilidade de reforma numa passagem-modelo no próximo ano. Conversamos sobre segurança, mobilidade e envolvimento da comunidade na busca por espaços de convivência.
Levamos a proposta de humanização do Eixão e da cidade em geral. A necessidade de garantir acessibilidade e incentivar os modos ativos de transporte. Entregamos material ilustrado que sintetiza os problemas no Eixão e apresenta propostas de revitalização e humanização."
CONCURSO NACIONAL DE ARQUITETURA - PASSAGENS SOB EIXÃO
2012
CONCURSOS
APRESENTAÇÃO
No final do ano de 2011, o Governo do Distrito Federal constituiu um grupo de trabalho multi-disciplinar para discutir e apresentar melhorias para a segurança viária e peatonal do Eixo Rodoviário, popularmente conhecido como Eixão e seus eixos auxiliares, conhecidos como Eixinho.
O IAB-DF faz parte desse grupo e a ele coube a realização deste certame, a fim de contratar um projeto piloto para ser implantado na passagem subterrânea de maior uso no Plano Piloto, que une o Setor Bancário Sul ao Setor Hospitalar que abriga o Hospital de Base, o hospital central da cidade.
De suma importância para a cidade, essas novas passarelas devem ser implantadas em etapas e com graus diferentes de complexidade, dadas pelas demandas diferentes de público, incorporando e disciplinando o comércio e serviços, onde houver demanda. Esses servirão aos moradores dos arredores, mas principalmente aos pedestres que as utilizam, em sua maioria moradores das diversas cidades que compõem o Distrito Federal.
PRIMEIRO LUGAR
Gustavo Partezani, Daniel Maeda, Diogo Esteves, Guilherme de Bivar, Ingrid Ori e Rafael Costa

"Como resposta a estas condições indicamos soluções de projeto, apresentadas na escala da cidade, que buscam alternativas para aliviar o conflito entre pedestres e veículos, com ênfase no transporte não-motorizado. As 16 passagens subterrâneas ao longo de mais de 13 quilômetros das Asas devem possibilitar a ligação entre as quadras, os setores e os caminhos da Capital. Uma solução que possa ser reproduzida nestes 16 momentos, tratados de maneira conjunta, tanto no que diz respeito a sua função, quanto aos diferentes usos agregados, a sua estética, acessibilidade, segurança e manutenção. Uma solução em escala.
Brasília necessita além da articulação entre as 16 passagens, algo que qualifique este lugar como um novo território, propicio à mobilidade alternativa. Como cidade plana e planejada, nenhum outro transporte parece mais adequado do que aquele realizado com a ajuda de bicicletas. Uma ciclovia de 13,5 quilômetros, uma régua que mede a cidade, entre as Asas Norte e Sul. Um elemento integrador sobre a estrutura viária consolidada.
Elemento que cruza e integra cada passagem subterrânea, aumentando sua função de simples cruzar para estar. Lugar que consolida o encontro do ciclista com o pedestre, que surge como alternativa de espaço na cidade, sob o eixo rodoviário, propiciando segurança e acessibilidade por seu uso, por sua pré-existência. Lugar não mais para ser percebido na velocidade do automóvel. Um lugar diferente, a ser usufruído à velocidade de 4 a 20 km por hora, pedalando ou caminhando. Esta é a vocação deste novo lugar, urbano por planejamento, construído por desejo, mas ainda esvaziado na vocação. Preencheremos!"